Os meios de comunicação não são nada mais que o reflexos do comportamento de uma dita sociedade, inclusive quando se pensa na sua relação com os mercados e o seu conteúdo - pragmático - ideológico.
Não pensando que haja anjos ou demônios (nunca) nesta questão, mais lembrei disso vendo um pedaço de Manhattan Connection, programa da Globo News rodado em Nova York. É visível a qualidade dos jornalistas que apresentam o programa (raro na TV Aberta ou Fechada), e é igualmente visível o esforço - quase nenhum - dos mesmos de para disfarçar sua simpatia pelo "liberalismo" com o qual convivem. Isso transparece no modo “cosmopolita” de perceber a cidade (no caso EUA/Nova York), nas criticas caricatas que fazem - desde Nova York - aos governos petistas do Brasil e na forma maniqueísta de ver o mundo. Ignorando qualquer outro tipo de manifestação, que não seja igual.
Claro que isso já acontece a séculos (literalmente) de forma explicita no conteúdo jornalistico produzido na TV aberta e jornais de grande circulação, com a manipulação da informação em beneficio desse ou daquele grupo politico/econômico. No entanto, é importante pensar que o volume de informação produzida hoje é infinitamente maior e mais aberta, tanto relacionado ao conteúdo critico, quanto a um conteúdo do tipo "Veja". E com uma população muito, mais muito (pouco) educada como a Brasileira, fica fácil traduzir a informação da forma que se tem vontade e fazer com que tudo que seja dito apenas seja absorvido com um "graças a deus" no final.
Não é minha intenção aqui ir muito a fundo na questão da produção e conteúdo de informação/jornalistico, bem por que, entraríamos no debate relacionado ao acesso a financiamentos por parte das cadeias de mídia entre outros assuntos (o que não estou nem um pouco afim de fazer agora), mas vale apena constar como os meios de comunicação e de produção de conteúdo jornalistico (principalmente de massa) estão cada vez mais desvinculados das mudanças da sociedade e mais ligados a ideia de salvar a si mesmos.
